26 de janeiro de 2017

Avaliação diagnóstica de português para 8ºano


AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 8ºANO
ESCOLA:__________________________________
ALUNO:____________________________________

**Gabarito no final**

1. Leia o texto para responder à questão. 

Passarinheiros na berlinda 

O Ibama demorou, mas resolveu pôr ordem na casa dos criadores de passarinhos do Brasil. O instituto desconfiou do crescimento assombroso de criadores no país, que saltou de 8.000 em 2005 para quase 40.000 até agosto deste ano. A suspeita era que esse aumento estaria encobrindo traficantes de pássaros silvestres. Agora, o Ibama acaba de baixar uma norma proibindo a inscrição de novos criadores. Quer, primeiro, recadastrar todos eles. 

Fonte: PASSARINHEIROS na berlinda. Veja, São Paulo, p. 49, 5 set. 2007. 

Pode-se dizer que o fato que deu origem à norma do Ibama aqui noticiada foi:

a) o aumento do número de pássaros silvestres criados em cativeiro no Brasil. 
b) a inscrição de novos criadores de pássaros. 
c) o aumento de pássaros silvestres no país. 
d) o cadastro de todos os funcionários do Ibama. 

Exercícios sobre o Barroco brasileiro - Gregório de Matos


LEIA TAMBÉM:
Atividade de literatura - 1º ano do ensino médio (Barroco) Gregório de Matos

1. Quanto à literatura barroca, não é correto afirmar que expressa: 

a) um momento de revigoramento da doutrina católica. 
b) a tensão permanente entre os apelos dos sentidos e da razão. 
c) a tensão espiritual do homem pós-renascentista. 
d) a busca pelo equilíbrio e harmonia de formas. 
e) a angústia humana diante da passagem do tempo. 
f) o gosto pelo excesso de detalhes, suntuosidade e pela exuberância de formas. 

2. Leia o soneto de Gregório de Matos.

Meu Deus, que estais pendente de um madeiro, 
Em cuja lei protesto de viver, 
Em cuja santa lei hei de morrer 
Animoso, constante, firme e inteiro: 

Neste lance, por ser o derradeiro, 
Pois vejo a minha vida anoitecer, 
É, meu Jesus, a hora de se ver 
A brandura de um Pai, manso Cordeiro. 

Mui grande é vosso amor e o meu delito; 
Porém pode ter fim todo o pecar, 
E não o vosso amor, que é infinito. 
Esta razão me obriga a confiar, 

Que, por mais que pequei, neste conflito 
Espero em vosso amor de me salvar. 

Gregório de Matos. Poemas escolhidos 
(seleção, introdução e notas José Miguel Wisnik). São Paulo: Cultrix, 1981 p. 298 . 

Analise as afirmações a seguir. 

I. Como manifesta sinceramente o seu arrependimento, o eu lírico crê que obterá o perdão divino. 
II. O soneto apresenta uma reflexão sobre a tendência natural humana para o pecado. 
III. O eu lírico crê na absolvição dos seus pecados, porque o amor divino é brando e infinito. 

Estão corretas as afirmações: 

a) I.
b) II.  
c) III.
d) I e II. 
e) II e III.

Uso da letra maiúscula depois de dois pontos


Dois pontos não encerram frase. As únicas pontuações capazes de encerrar uma frase no português são ponto final, reticências, exclamação e interrogação. Portanto, depois de dois pontos, o correto é usar letra minúscula.

Exemplo:

– Pensei na seguinte maneira de resolver essa situação: comprar um carro novo.

Há alguma exceção? Sim! Quando a informação depois dos pontos for uma citação entre aspas, esta começará com letra maiúscula.

No início de citação:

– Deputado acusa: “O governo não governa.”

– Já dizia Machado de Assis: “Ao vencedor, as batatas.”

Se depois dos dois pontos vier um mero desdobramento da frase (e não citação textual) ou uma enumeração, a palavra começará com minúscula:

– Comerciantes alertam: faltarão brinquedos no Natal.

– A Prefeitura definiu as prioridades do orçamento: metrô, pavimentação e obras na periferia.

(Fonte: Manual de Redação O Estado de São Paulo)



Referência: Gazeta do povo
Imagem: Google

25 de janeiro de 2017

Exercícios sobre verbos irregulares com tirinha

Os verbos derivados seguem as irregularidades dos verbos dos quais se originam. Assim, obter conjuga-se como ter; reler conjuga-se como ler; impor conjuga-se como pôr.

LEIA TAMBÉM:
Exercícios sobre VERBOS com gabarito


a) Identifique na tirinha de Angeli o verbo derivado de um verbo irregular.

b) Conjugue esse verbo no futuro do subjuntivo e no imperfeito do subjuntivo.

c) Há muitos verbos derivados dos irregulares ter, ver, pôr e fazer. Como são muito usuais, é bom conhecê-los bem. Indique para os verbos derivados a forma verbal adequada ao contexto da frase.

TER

* conter
Se nós _______________ a raiva, será melhor.
Quando finalizada, a represa  ________________ a água do rio. 

* reter
A chuva ontem ____________ muita gente em casa.
Se tu _______________ as tuas ideias, não terias sido mal interpretado. 

* obter
Se o time _____________ a vitória, será o líder do campeonato.
Mesmo que nós ____________________ um empréstimo, não teríamos o suficiente.

* manter
Enquanto nós ___________________ a calma, conseguiremos bons resultados.
Talvez o governo ________________ as finanças sob controle se o Congresso manifestasse apoio.

VER

* rever
Você ____________ seus familiares amanhã.
No dia em que eu __________________minha terra, ficarei emocionado. 

* prever
Se você _______________ os resultados, teria mudado de atitude.
Ontem tu ________________ o teu futuro em um sonho profético. 

PÔR

* repor
Ainda que nós _____________a carta, o mal já terá sido feito.
Ontem ela ________________ as roupas no armário.

* transpor
Se fosse possível, o trem ____________________ a cadeia de montanhas.
No passado, vós ____________________ muitos obstáculos.

* compor
Quando elas ________________ uma nova música, vão apresentá-la  aos amigos.
Se as ações dos ministros ________________ uma estratégia coerente, o governo obteria melhores resultados. 

FAZER

* refazer
Prometo que amanhã eu _______________  a pintura da parede.
Quando nós _______________ as contas, teremos certeza de nossos gastos.

* satisfazer
Se fosse possível, nós ________________ as suas vontades. 
Se eles ___________________ a fome, seriam já menos infelizes.

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Exercícios sobre VERBOS com gabarito

22 de janeiro de 2017

Exercícios sobre José de Alencar (Romantismo)


ATIVIDADE PRONTA EM PDF PARA BAIXAR E SALVAR


1. O fragmento a seguir apresenta uma fala de D. Antônio de Mariz. Assinale a alternativa correta em relação ao trecho.

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[...] É para mim uma das coisas mais admiráveis que tenho visto nesta terra, o caráter desse índio. Desde o primeiro dia que aqui entrou, salvando minha filha, a sua vida tem sido um só ato de abnegação e heroísmo. Crede-me, Álvaro, é um cavaleiro português no corpo de um selvagem! [...]

José de Alencar. O guarani. São Paulo: Ateliê Editorial, 1999, p. 102. 

a) A fala revela o caráter prepotente e arrogante de D. Antônio de Mariz, que se vangloria por reconhecer em Peri comportamentos próprios da cultura branca. 
b) D. Antônio de Mariz idealiza Peri, considerando-o abnegado e heroico. 
c) A fala de Antônio de Mariz traduz a ideologia romântica de enaltecer o índio apenas pela submissão ao branco europeu. 
d) Ressalta-se na fala de D. Antônio de Mariz a ideia de que a perfeita essência moral sobrepõe-se à aparência selvagem de Peri e determina a convivência harmoniosa entre o branco e o indígena. 
e) D. Antônio de Mariz ilude-se com o comportamento de Peri, pois, na verdade, o índio apenas se mostra abnegado e heroico com a intenção de permanecer ao lado de Ceci. 

2. Leia a afirmação do escritor José de Alencar em Como e por que sou romancista

"Em O guarani, o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta grosseira de que o envolveram os cronistas, e arrancando-o ao ridículo que sobre ele projetam os restos embrutecidos da quase extinta raça. " 

Em relação a essa declaração, pode-se afirmar:

21 de janeiro de 2017

Avaliação diagnóstica de português para ensino médio (2ºano)


1. Leia um poema de Carlos Drummond de Andrade e responda à questão.

Aula de português 

A linguagem 
na ponta da língua 
tão fácil de falar 
e de entender. 

A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 

Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a priminha. 

O português são dois; o outro, mistério. 

Carlos Drummond de Andrade. In Boitempo - Esquecer para lembrar.

O poema menciona que o português "são dois", porque o mesmo idioma pode ser empregado em diferentes situações. O poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em: 

a) situações formais e informais.  
b) diferentes regiões do país. 
c) escolas literárias distintas. 
d) textos técnicos e poéticos. 
e) diferentes épocas. 

Exercícios sobre função fática e coesão

É bastante comum na linguagem oral a insistência no emprego da função fática. Isso pode interromper a linha de raciocínio e resultar em uma mensagem entrecortada. Ao se transpor um texto oral para a linguagem escrita, muitas vezes é necessário suprimir as marcas da função fática, evitar as repetições e explicitar as relações lógicas que estão subentendidas. 

1. Leia um trecho em que o rapper Mano Brown descreve o distrito de Capão Redondo, na cidade de São Paulo, na apresentação do livro Capão pecado, de Ferréz. 

Sem pretensão, a gente aqui do Capão nunca ia conseguir chamar a atenção do resto do mundo, porque da ponte João Dias pra cá é outro mundo, tá ligado? 
Eu nem sei o significado do nome Capão e nem por que seria Redondo. 
Eu era bem pivetinho e já ligava o nome Capão Redondo a sofrimento, 80% dos primeiros moradores, ou quase primeiros, eram nordestinos, analfabetos. Gente muito humilde, sofredora, que gosta da coisa certa. [...] 

Ferréz. Capão pecado. São Paulo: Labortexto Editorial, 2000, p. 23.

Há uma expressão no texto que serve para confirmar a conexão com o interlocutor. Identifique essa expressão e indique a função da linguagem à qual está associada. 

2. Leia o texto que retrata a fala de um rapaz aconselhando outros jovens. 

Já andei muito tempo sem jeito na vida, entendeu? Fiquei esperto, sacou? A rapaziada tá fissurada num mundo de ilusão. Não se tocam, vão atrás de grana e entram na maldade, na violência, sabe como é? Ei, tem de dar um toque que não é por aí, certo? 

As expressões destacadas nesse texto estão relacionadas à função fática da linguagem: servem para confirmar a conexão com o interlocutor e são dispensáveis em um texto formal escrito. 

a) Identifique outras duas marcas da linguagem fática no texto. 

b) Transcreva o comentário abaixo, preenchendo os espaços, de modo a:
- suprimir as expressões da função fática e as repetições desnecessárias;
- transpor a linguagem fortemente coloquial para um registro mais formal. 

O jovem declarou que por muito tempo teve uma vida desregrada, mas que ________. Ele julga que muitos jovens ________e por isso _________ maldade e violência. Ele também acha necessário ____________.

19 de janeiro de 2017

Atividade sobre gêneros literários e não literários



Texto 1 

Desistência 

O menino Tonho 
mexendo no lixo 
achou um sonho 
e pôs-se a sonhar. 

Com queijo de nuvens, 
bolachas de estrela, 
pastéis de luar. 

O sonho era duro 
e estava mofado. 
E ele desistiu 
de sonhar acordado. 

DINORAH. Maria. Barco de sucata. 
Porto Alegre: Mercado Aberto. 1986. 

Consciência política e cidadã - Leitura e interpretação de textos para ensino médio

Filhos da Época

Somos filhos da época
e a época é política.

Todas as tuas, nossas, vossas coisas
diurnas e noturnas,
são coisas políticas.

Querendo ou não querendo,
teus genes têm um passado político,
tua pele, um matiz político,
teus olhos, um aspecto político.

O que você diz tem ressonância,
o que silencia tem um eco
de um jeito ou de outro, político.
[...]

SZYNBORSKA, Wislawa. Filhos da Época. In: Poemas. Seleção, 
tradução e prefácio de Regina Przybycien. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2011, p. 77-78.

Texto dissertativo sobre Política para ensino médio Que coisa é a Política



Que coisa é a Política 

O termo "Política", em qualquer de seus usos, na linguagem comum ou na linguagem dos especialistas e profissionais, refere-se ao exercício de alguma forma de poder e, naturalmente, às múltiplas consequências desse exercício.
Toda maneira pela qual o poder é exercido se reveste de grande complexidade, às vezes não aparente à primeira vista. Por exemplo, se o governo decreta um novo imposto, esse ato não consiste numa decisão que "vai e não volta'. Ao contrário, a criação de um novo imposto, cuja decretação constitui obviamente um ato de poder, ou seja, um ato político, é precedida, conforme o caso, por uma série de outros atos em que tomam parte diversos detentores de alguma espécie de poder, tais como governantes, técnicos, assessores, grupos de interesse, indivíduos ou entidades influentes e assim por diante. E também se desencadeia uma inter-relação entre a "fonte do poder" (a que criou e implantou o imposto) e os submetidos a esse poder (os que, direta ou indiretamente, são afetados pelo imposto). Basta pensar um pouco para ver como qualquer ato de poder é complexo e cheio e implicações. E é este o terreno da Política.

18 de janeiro de 2017

Avaliação diagnóstica de português para 9ºano


AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 9ºANO
ESCOLA: ___________________________________________
ALUNO:____________________________________________

**Gabarito no final**

1. Leia o poema. 

Pretensão 

eu quero um grande amor, 
tá bem, pode ser pequeno, 
ok, mas que seja de verdade. 
de mentira também serve
mas que dure bastante, 
aceito um rapidinho. 
entre o nada e qualquer coisa, 
meu coração dança miudinho. 

Ulisses Tavares. Caindo na real. São Paulo: Moderna. 2004

17 de janeiro de 2017

Conto e realidade: atividade de leitura e interpretação sobre cidadania e compaixão (A menina e as balas)


A menina e as balas 
Georgina Martins 

**Atividade para ser trabalhada em mais de uma aula**

Todos os dias a menininha estava lá: vendia doces na porta de uma lanchonete, perto de uma pracinha, onde brincam quase todas as crianças da redondeza. Mas ela não brincava, só vendia doces. Mesmo porque ela não era moradora do bairro. Sempre chegava por volta das quatro da tarde e ficava até os doces acabarem. Nos finais de semana ela chegava mais tarde, mas nunca faltava. Devia ter uns oito anos e, às vezes, distraia-se olhando as crianças brincarem. 
Quando eu era menina, queria ter uma fábrica de doces só para poder comer todos os doces que eu quisesse; naquela época eu era muito pobre, e quase nunca sobrava dinheiro lá em casa para comprar doces. A menininha não comia nenhum. Ficava lá até vender todos. Será que algum dia ela já desejou ter uma fábrica de doces só pra ela? 
Todas as vezes que eu passava por ela pensava nessas coisas. Eu também desejava ter uma fábrica de leite condensado, só para poder furar todas as latinhas que quisesse. Eu sempre gostei de furar latinhas de leite condensado, e quando sobrava algum dinheiro lá em casa, minha mãe dava um jeito de comprar uma latinha de leite condensado. Mas, como ela não sabia cozinhar, nunca preparava nada com as latinhas, e eu furava todas, sempre escondido dela, que fingia não saber. 
Eu nunca pensava em vender os doces das fábricas dos meus sonhos, só pensava em comê-los. Acho que os doces não foram feitos para serem vendidos por crianças, foram feitos para serem comidos por elas. Mas aquela garotinha não comia nenhum, mesmo quando não conseguia vendê-los. 
Um dia, resolvi perguntar se ela não tinha vontade de comê-los, e ela me respondeu que seu irmão menor trabalhava em uma mercearia e que também não podia comer nada sem pagar. Ela me disse que os doces não eram dela: ela os pegava em uma lojinha em Japeri, perto de sua casa; no final do dia, acertava as contas com o seu Alberto, o dono da loja. Adorava chupar balas e queria muito ter bastante dinheiro para poder comprar um monte de uma vez. Mas não tinha. Nem tinha pracinha perto da casa dela, mas achava ótimo poder brincar com as amigas na rua mesmo. 
Uma noite, quando eu voltava do cinema, passei pela menina e percebi que ela estava com muito sono, quase cochilando; a lanchonete já ia fechar e ela ainda tinha alguns doces na caixa. Eu tinha acabado de assistir a um filme sobre crianças, um filme iraniano que eu adoro e que foi um dos filmes mais bonitos que eu já vi: chama-se Filhos do paraíso, e conta a história de dois irmãos, um menino e uma menina; o menino perde o único par de sapatos que a irmã possuía e os pais deles não têm como comprar outro. Acho que todas as crianças do mundo deveriam assistir a esse filme. 
Contei o dinheiro que eu tinha na bolsa e cheguei à conclusão de que dava para pagar todos os doces que ainda restavam. Depois de ver um filme como aquele, eu achava impossível deixar uma menininha daquelas cochilando no meio da rua, numa noite fria. 
 Olhe só, vou lhe dar esse dinheiro. Dá pra comprar todos os doces que você tem aí, e você não precisa nem me dar os doces, pode ficar com eles e vendê-los amanhã. 
Ela me olhou sem entender direito e disse que eu tinha que levar os doces. 
 Mas, menina, é a mesma coisa: você ganha o dinheiro e ainda fica com os doces; é muito melhor pra você...

15 de janeiro de 2017

Exercício sobre reportagem para 7ºano - Cultura da Guiné-Bissau


Apesar das dificuldades em casa e na escola, guineenses brincam de "cerca-cerca" (pega-pega) e "malha" (amarelinha) 

Mirella Domenich 
Colaboração para a Folha, de Bissau

Futebol é o esporte preferido da maioria das crianças. O português é a língua ensinada na escola e a garotada se diverte muito com pega-pega e amarelinha. Sabe de onde estamos falando? A resposta correta é Guiné-Bissau. 
Assim como o Brasil, o país africano é uma ex-colônia de Portugal. Na época da escravatura, muitos guineenses foram levados à força para o Brasil para trabalhar como escravos. Hoje trabalham duro na reconstrução do país, que é independente desde 1973 e está classificado como o sexto mais pobre do mundo.
É grande a lista de dificuldades de Guiné-Bissau: faltam escolas e material escolar, água encanada e luz elétrica nas casas. Sem energia, ninguém assiste à TV, usa computador ou tem aparelho de som. Internet é para poucos.
Já as crianças têm energia de sobra. Nas ruas de terra batida de Bissau, capital do país, brincam de "cerca-cerca", como o pega-pega é conhecido. Também jogam "malha" (amarelinha) e brincam de "surumba-surumba".
Os brinquedos são inventados com peças que encontram aqui e ali. Meninos se divertem empurrando pneus e criam carrinhos com qualquer roda. 

DOMENICH. Mirella. Infância em Guiné-Bissau. Folha de S.Paulo.
São Paulo, 14 maio 2011 Folhinha. 


"surumba-surumba": nessa brincadeira, as crianças riscam um círculo no chão de terra com um galho de árvore. Vários participantes ficam dentro da área marcada e um fica fora, correndo ao redor do círculo. As crianças de dentro tentam pegar a que está fora, mas sem sair do círculo. Quando quem está dentro pega quem está fora, as duas crianças trocam de lugar - e tudo recomeça.

14 de janeiro de 2017

Exercício sobre predicativo do sujeito com tirinha (vestibulares e concursos)

Leia a tirinha de Fernando Gonsales.


1. Explique por que o personagem usa tintura para parecer um gato preto. 
2. Identifique na fala do segundo quadrinho um predicativo do sujeito.


GABARITO

1. Como quer manter o "emprego" de gato de feiticeira, que, segundo a tradição, deve ser preto, o personagem da tirinha usa tintura, disfarçando a cor amarela de sua pelagem. 
2. "(que) sou amarelo". 

Questão de vestibular sobre Álvares de Azevedo (Vagabundo)

(Insper)

Vagabundo 

Eu durmo e vivo ao sol como um cigano,
Fumando meu cigarro vaporoso;
Nas noites de verão namoro estrelas;
Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso!

Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;
Mas tenho na viola uma riqueza:
Canto à lua de noite serenatas,
E quem vive de amor não tem pobreza.
[...]

(Álvares de Azevedo) 


A visão de mundo expressa pelo eu lírico nos versos de Alvares de Azevedo revela o (a): 

a) desequilíbrio do poeta adolescente e indeciso, que não é capaz de amar uma mulher nem a si próprio. 
b) valorização da vida boêmia que proporciona um outro tipo de felicidade, desvinculada de valores materiais. 
c) postura acrítica que o poeta tem diante da realidade, seja em relação ao amor, seja em relação à vida social. 
d) lamento do poeta que leva a vida peregrina e pobre, sem bens materiais e nenhuma forma de felicidade. 
e) constatação de que a música é o único expediente capaz de levá-lo à obtenção de recursos materiais. 

LEIA TAMBÉM:

GABARITO:
Alternativa B. 

13 de janeiro de 2017

Interpretação de texto sobre falta de água potável

Foto 1


Foto 2
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Água é Vida 

Vilmar Berna 

A superfície de nosso planeta é constituída por apenas 30% de terra firme. Os 70% restantes são de água. Olhando do espaço, nosso Planeta Terra mais parece um Planeta Água! Só que a maior parte dessa água, cerca de 97%, é salgada, indisponível, portanto, para beber. Mas os oceanos têm outras importantes funções em nossa vida. Por exemplo, ao contrário do que muitos possam imaginar, não são as árvores que fornecem o oxigênio na quantidade suficiente para permitir a vida sobre o Planeta, mas as microscópicas algas do oceano. 
Das águas que existem sobre o Planeta, apenas 3% são doces e somente 0,6% está disponível na superfície, como as águas dos rios e lagos! O restante está indisponível congelada nos polos, ou na forma de vapor d'água na atmosfera, ou em lençóis subterrâneos. 
Além de pouca, a água que está na superfície não é distribuída de forma igual no Planeta. O Brasil, por exemplo, possui a maior reserva de água doce superficial do mundo, cerca de 30% de toda a água disponível, mas ela está mais concentrada na Bacia Amazônica, longe, portanto, dos centros consumidores, como as regiões sul e sudeste. Na região nordeste, ao lado da Bacia Amazônica, as secas produzem desertos e provocam mortalidade entre as pessoas e os animais. 
As águas doces superficiais de nossos rios e lagos são um dos tesouros mais preciosos para a vida no Planeta. Mas o que estamos fazendo - ou deixando que façam - com esse tesouro? A mesma água doce que serve para abastecer as casas, as empresas, é usada também para diluir e receber esgotos domésticos e industriais sem tratamento! 
E mais. A falta de florestas protetoras nas áreas de mananciais e nas bacias hidrográficas provoca danos enormes aos rios e lagos. Sem vegetação nos morros, as águas das chuvas, em vez de penetrarem no solo e irem alimentar os mananciais, correm rapidamente para os rios e daí para o mar, tornando-se novamente salgadas, além de carregarem junto os sedimentos que irão entupir os rios e os lagos, provocando enchentes nas cidades quando chove mais forte. As florestas agem como uma espécie de esponja que amortece os pingos das chuvas fazendo com que penetrem no solo, indo alimentar os mananciais que abastecem os rios e lagos. 
O que temos de fazer é muito simples: trabalhar com a natureza e não contra ela. São várias as medidas que podemos tomar no sentido de preservar nossos rios e lagos. Pode parecer uma tarefa enorme, e aí a tendência é acharmos que o mundo melhor que desejamos começa no outro ou depende dos governos e das empresas. Entretanto, o mundo melhor que queremos começa em nós, e os grandes problemas são formados de pequenos problemas que não foram solucionados quando eram pequenos. Uma forma de enfrentar um grande problema é ir solucionando aos poucos o que está em nosso alcance. 
As pessoas podem, por exemplo, escolher um dia da semana ou do mês para promover um mutirão voluntário de limpeza de um rio ou lago, plantarem mudas de árvores nativas nas margens e áreas de mananciais, podem formar grupos de vigilância dos céus acompanhando os balões para impedir que provoquem incêndios florestais em encostas, podem ajudar no monitoramento e na denúncia de poluição em rios e lagos, etc. Se fomos capazes de interferir na natureza para piorar as coisas, também somos capazes de medidas concretas para ajudar o meio ambiente, pois o planeta seguramente conseguirá sobreviver sem nós, talvez um pouco mais feio e arranhado, mas nós, seguramente, não sobreviveremos sem o planeta. 

http://www.ecoviagem.com.br/fique-por-dentro/artigos/meio-ambiente/agua-e- vida- 1327. asp

Exercícios sobre Urupês (Monteiro Lobato) - Apresentação de Jeca Tatu


Atividade pronta para BAIXAR e SALVAR


Monteiro Lobato, outro escritor do Pré-Modernismo, de maneira apaixonada e com muita franqueza, ajudou a desvendar os problemas brasileiros que causavam tantas discrepâncias sociais. Essa visão apurada sobre o Brasil se deu em parte pelo fato de Monteiro Lobato ser dono de terras no interior paulista e ter sentido de perto as dificuldades da vida no campo, agravadas especialmente pelo declínio da economia cafeeira no Vale do Paraíba. 

Em seus artigos para jornais e em diversos contos, Lobato denuncia, por meio de uma linguagem categórica, áspera e satírica, a miséria e o estado de abandono em que se encontram os caboclos paulistas, esquecidos pelas elites governantes e sem poder contar com uma estrutura agrária que lhes permitisse obter terras e trabalho. Em 1910, Lobato criou o seu mais famoso personagem - Jeca Tatu -, caricatura do caipira que sintetizava essas mazelas, o que provocou intensa polêmica entre os políticos e intelectuais do início do século XX. 


Leia um trecho do conto Urupês, em que o narrador apresenta Jeca Tatu. 

Fábula para 6ºano - O burro que vestiu a pele de um leão (com gabarito)


Leia o texto para responder às questões propostas. 

O burro que vestiu a pele de um leão 

Um burro encontrou a pele de um leão que um caçador tinha deixado largada na floresta. Na mesma hora o burro vestiu a pele e inventou a brincadeira de se esconder numa moita e pular fora sempre que passasse algum animal. Todos fugiam correndo assim que o burro aparecia. O burro estava gostando tanto de ver a bicharada fugir dele correndo que começou a se sentir o rei leão em pessoa e não conseguiu segurar um belo zurro de satisfação. Ouvindo aquilo, uma raposa, que ia fugindo com os outros, parou, virou-se e se aproximou do burro rindo: 
— Se você tivesse ficado quieto, talvez eu também tivesse levado um susto. Mas aquele zurro bobo estragou sua brincadeira. 

O burro que vestiu a pele de um leão. In: Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994. p. 70. 

Atividade para discutir estereótipos, machismo e preconceito contra a mulher (ensino médio)


**Gabarito no final**

Leia a tira e responda:

a)  O cartunista parte de uma imagem de mulher para criar o efeito de humor. Que imagem é essa? 
b) Que elementos do texto participam da construção dessa imagem? 
c) Por que podemos afirmar que essa imagem é estereotipada? 
d) Qual é o perfil do interlocutor da tira? 

GABARITO

a) O texto trabalha com a imagem de mulher como alguém consumista e que não é independente financeiramente. 

b) No texto, a "simpatia para pegar mulher" consiste em colocar um cartão de crédito como "isca" em uma ratoeira. A sugestão é óbvia: como deseja poder comprar o que quiser e ter alguém que pague as suas contas, a mulher seria atraída pelo cartão de crédito e cairia na armadilha preparada para capturá-la. 

c) Apresentar a mulher como alguém que seja atraída por um cartão de crédito, uma consumidora tão compulsiva que não consiga resistir à tentação da ratoeira, revela, obviamente, uma imagem preconceituosa sobre as mulheres. É como se elas fossem incapazes de decidir, racionalmente, o que deve ou não ser comprado. Um outro estereótipo que aparece na tira é a contrapartida da mulher que cairia na ratoeira, ou seja, a complementação da visão machista de que todo homem "pega mulher", o que, é claro, também não corresponde à realidade. 

d) O perfil de interlocutor de uma tira humorística é bem genérico. De modo geral, são pessoas críticas, que identificam os estereótipos, acham graça neles e se divertem com ironias e jogos de palavras. 

Exercício sobre Arcadismo - Cláudio Manuel da Costa - Destes penhascos fez a natureza


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Destes penhascos fez a natureza 

Nestes versos, a paisagem de Minas Gerais desempenha papel muito importante no desenvolvimento do soneto. 

Destes penhascos fez a natureza 
O berço em que nasci: oh! quem cuidara 
Que entre penhas tão duras se criara 
Uma alma terna, um peito sem dureza.

Amor, que vence os tigres, por empresa 
Tomou logo render-me; ele declara 
Contra o meu coração guerra tão rara, 
Que não me foi bastante a fortaleza. 

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, 
A que dava ocasião minha brandura, 
Nunca pude fugir ao cego engano: 

Vós, que ostentais a condição mais dura, 
Temei, penhas, temei, que Amor tirano, 
Onde há mais resistência, mais se apura. 

COSTA, Cláudio Manuel da. In: PROENÇA FILHO, Domício (Org.). 
A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Aguilar, 1996. p. 95.

10 de janeiro de 2017

Exercícios sobre o novo acordo ortográfico e a acentuação gráfica (ensino médio)


**GABARITO dos exercícios no final**

A ortografia de uma língua corresponde à maneira correta de grafar as palavras que pertencem ao repertório linguístico dos seus usuários. O critério para o julgamento sobre o que é "certo" ou "errado", nesse-caso, é bastante claro: a ortografia é uma norma, tem valor de lei, e não admite variações ou opções individuais. Seu objetivo é fixar uma maneira unificada de registrar por escrito as palavras da língua, que na sua realização oral são bastante diversificadas. Por isso mesmo, é importante perceber que a ortografia não é uma transcrição dos sons da fala, e sim o resultado de um acordo social que estabeleceu uma forma de grafia autorizada para determinado grupo linguístico. Trata-se, portanto, de uma convenção. 

Análise de tirinha do Calvin - Colocação pronominal


Clique na imagem para ampliar

Leia a tira e responda:

a) 
No último quadrinho, Calvin finalmente diz o que a mãe quer ouvir. A fala dele revela um uso da colocação pronominal em acordo ou desacordo com as regras prescritas pela gramática normativa? 

b) Com base na colocação pronominal nessa tira e levando em consideração sua experiência como usuário da língua portuguesa, você afirmaria que Calvin utilizou um registro formal ou informal da língua quanto à colocação do pronome oblíquo?

**Gabarito no final**

LEIA TAMBÉM:


GABARITO

a) Em desacordo. Segundo a gramática normativa, o uso correto seria "Desculpe-me".
b) Calvin usou um registro informal quanto à colocação pronominal. Embora a gramática prescreva a ênclise nesses casos, no Brasil há uma clara preferência por inserir o pronome oblíquo antes do verbo, ou seja, pelo uso da próclise. 

9 de janeiro de 2017

Interpretação de texto: Madame Bovary


ATIVIDADE PRONTA EM PDF PARA BAIXAR E SALVAR


Leia, a seguir, um fragmento do romance Madame Bovary. 

[Emma] Sentia-se, de resto, cada vez mais irritada. A idade ia-o tornando pesadão*: à sobremesa divertia-se em cortar as rolhas das garrafas vazias, e, depois de comer, passava a língua pelos dentes; ao engolir a sopa fazia um gorgolejo em cada gole e, como começasse a engordar, os olhos, já por si tão pequenos, pareciam ter subido para as fontes, empurrados pelas bochechas. 
[...] 
Bem no íntimo, contudo, [Emma] esperava um acontecimento qualquer. 
Como os marinheiros em perigo, relanceava olhos desesperados pela solidão da sua vida, procurando, ao longe, alguma vela nas brumas do horizonte. Não sabia qual o acaso, o vento que a impeliria para ela, e qual a praia para onde se sentiria levada; seria chalupa ou nau de três pontes, carregada de angústias ou cheia de felicidade até as bordas? Todas as manhãs, ao acordar, preparava-se para esperar o dia inteiro e aplicava o ouvido a todos os rumores; levantava-se em sobressalto, admirando-se de que tal acaso não surgisse; depois, ao pôr do sol, cada vez mais triste, desejava-se encontrar-se já no dia seguinte. 
A primavera voltou, e Emma sentiu-se afrontada com os primeiros calores, quando as pereiras floriram. 
Logo no começo de julho, passou a contar nos dedos as semanas que faltavam para chegar o mês de outubro, pensando que o Marquês d'Andervilliers daria outro baile em Vaubyessard; mas todo o mês de setembro decorreu sem cartas nem visitas. 
Após o aborrecimento desta decepção, seu coração ficou de novo vazio, recomeçando a série dos dias monótonos. 
Iam, pois, continuar assim, uns após outros, sempre os mesmos, incontáveis, sem surpresas! As outras existências, por mais insípidas que fossem, tinham, pelo menos, a possibilidade do inesperado. Uma aventura trazia consigo, às vezes, peripécias sem fim, o cenário transformava-se. Mas para ela nada surgia, era a vontade de Deus! O futuro era um corredor escuro, que tinha, no extremo, a porta bem fechada. 

FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. São Paulo: Abril Cultural, 1970. p. 32. 
Fragmento.

Exercício sobre resenha de filme para ensino médio - A Mulher Invisível


As resenhas são textos publicados em jornais, revistas e mídia virtual e servem para dar parâmetros ao leitor sobre o objeto cultural avaliado. Muitas pessoas, antes de ir ao cinema, ler um livro ou comprar um CD, costumam ler resenhas escritas por especialistas para obter mais informações. A seguir, você lerá duas resenhas que analisam o mesmo filme, A mulher invisível, mas apresentam perspectivas diferentes sobre ele.

**Gabarito no final**

TEXTO 1 

Mulher perfeita vira pesadelo em "A Mulher Invisível" 
Comédia traz Luana Piovani no papel da vizinha de um homem (Selton Mello), que leva o fora de sua mulher 

O gênero comédia costuma ser um terreno movediço. "A Mulher Invisível", que estreia no país nessa sexta-feira, é uma prova disso. O diretor e roteirista Claudio Torres ("Redentor", "A Mulher do Meu Amigo") deve achar seu filme engraçado, mas "A Mulher Invisível", protagonizado por Selton Mello ("Meu Nome Não é Johnny") e Maria Manoella ("Crime Delicado"), com Luana Piovanni ("O Casamento de Romeu e Julieta") e Vladmir Brichta ("Fica Comigo Esta Noite") nos papéis de coadjuvantes, mais parece um piloto para sitcom, como boa parte da produção cômica nacional que chega aos cinemas. 
Torres estreou na direção de longas em 2004 com a comédia de humor negro "Redentor". O filme, uma sátira ao Brasil do vale-tudo, tinha um humor ácido, um visual apurado e uma boa pegada crítica. No ano passado, ele lançou "A Mulher do Meu Amigo", uma comédia de erros, cujo maior equívoco foi existir. Partindo de um roteiro assinado por ele mesmo (contando com a colaboração da escritora Adriana Falcão, da atriz Maria Luiza Mendonça e do roteirista Claudio Paiva), Torres tenta fazer comédia a partir da fantasia. Pedro (Mello) leva um fora de sua mulher (Maria Luiza, numa pequena participação) e inventa uma "mulher ideal", Amanda (Luana), que só existe em sua imaginação. 
O primeiro ato do filme é o relacionamento de sonho entre Pedro e Amanda. Seu melhor amigo (Brichta) começa a desconfiar que ela não exista, o que, mais tarde, leva Pedro a também questionar a existência da moça. Mas, na verdade, o filme não é sobre ele, nem sobre ela. A verdadeira mulher invisível do titulo é Vitória (Maria Manoella). 
Vizinha apaixonada por Pedro, Vitória, que ficou viúva recentemente, há tempos ouve as conversas dele através da parede. Mas Pedro nunca a notou, seja no elevador ou no corredor do prédio. É como se ela não existisse.
Se "A Mulher Invisível" se assumisse como um filme sobre Vitória, talvez tivesse mais a oferecer e explorar, até porque ela é a personagem mais interessante e Maria Manoella, a atriz mais talentosa em cena.
Numa das primeiras cenas, a música "A Woman Left Lonely", na voz de Janis Joplin, ilustra bem o estado emocional de Vitória, mas sua exaustiva repetição é sinal de que as ideias já se esgotaram. Vitória é aquela mulher solitária e tímida que tenta conquistar o vizinho, mas, quando finalmente toma coragem, ele já enlouqueceu, tentando se livrar da figura de Amanda, mesmo que ela só exista em sua cabeça. 
Selton Mello parece atuar no piloto automático, sem o carisma que mostrou em produções como "O Auto da Compadecida", desempenhando um tipo que poderia ser engraçado, ou minimamente simpático, mas que acaba sendo irritante com tanta neurose.
Luana, que confunde comédia com histeria (a personagem fica berrando boa parte do filme), se acomoda na sua persona de mulher sensual e acredita que isso basta para compor um personagem. O filme ganha quando ela sai de cena e a personagem Vitória cresce. 
Responsável por filmes tão diferentes quando "2 Filhos de Francisco" (2005), "Eu, Tu, Eles" (2000) e "Xuxa em Sonho de Menina" (2007), a produtora Conspiração imprime em "A Mulher Invisível" seu selo de qualidade técnica, o que acaba sendo pouco, diante do conteúdo irregular do longa. 

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb) 

OLIVEIRA, Alysson. Mulher perfeita vira pesadelo em "A Mulher Invisível".
O Estado de S. Paulo, 4 jun. 2009.

Exercício sobre o gênero notícia para 6ºano - Índia cria nota de zero rúpia

Índia cria nota de zero rúpia 
Cédula foi inventada para combater a corrupção 


Apostila de atividades 6ºano

Participe do grupo de atividades prontas e gratuitas (aqui!)


A nota, que é igual a uma cédula de verdade, foi criada por uma ONG para tentar envergonhar os funcionários públicos corruptos. A ideia é que, quando um funcionário público pedir caixinha ou propina, o cidadão responda "molhando a mão" do corrupto com a nota de zero rúpia. Mais de 1 milhão de notas já foram distribuídas, com vários casos de sucesso que foram destaque na mídia do país. Um funcionário público de Tamil Nadu, estado no sul da índia, ficou tão envergonhado que devolveu todas as propinas que havia coletado. 

Revista Superinteressante. São Paulo, Abril, mar. 2010


ONG: organização não governamental
Rúpia: moeda oficial da Índia


1. 
a) A notícia se refere a um fato presente, passado ou que ainda vai acontecer? Em que você se baseou para responder? 
b) Qual o fato noticiado? 

2. As notícias têm duas partes: 

⦁ O título (pode vir acompanhado de um subtítulo), que tem como objetivo chamar a atenção do leitor, motivando-o a ler o texto. 
⦁ O corpo da notícia, em que se conta o que aconteceu, com quem, onde se deu o fato etc. 

Volte à notícia e responda. 

a) Em que tempo está o verbo do título? Comprove sua resposta. 
b) Em que tempo estão os verbos do corpo da notícia? Dê dois exemplos que comprovem sua resposta. 
c) Levante uma hipótese: por que essa diferença de uso dos tempos verbais em uma mesma notícia? 
d) Suponha que ainda se esteja discutindo a criação da moeda para corruptos. Como o jornal anunciaria que logo ela seria aprovada?

8 de janeiro de 2017

Atividade sobre inferência de tema ou assunto principal de um texto (7ºano) - O que é um minhocário doméstico?


O que é um minhocário doméstico? 

É um sistema de reciclagem do lixo orgânico caseiro, com minhocas transformando restos de alimento em adubo. Esse processo - chamado de vermicompostagem - rola dentro de caixas plásticas cheias de terra, onde as "operárias" mandam ver nas sobras de rango, digerindo esse material e gerando um húmus superfértil no lugar. Para ter uma ideia do potencial ecológico dos minhocários, dados do Ministério da Agricultura revelam que, diariamente, o Brasil produz cerca de 144 mil toneladas de lixo orgânico, o que corresponde a 60% do lixo urbano. Essa sujeira toda acaba indo para aterros e lixões, onde, muitas vezes, acaba poluindo os lençóis freáticos, entre outras mazelas. Se esse material entrasse na dieta das minhocas domésticas, por dia teríamos nada menos que 86 mil toneladas fresquinhas de húmus! 

Gabriela Portilho. Revista Mundo Estranho. São Paulo, Abril, ed. 90, ago. 2009. 

O assunto principal da matéria é:

Avaliação diagnóstica de português para 6ºano




AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 6ºANO
Escola: ________________________________________________________
Aluno (a): ________________________________________Série:________
Professor (a): ____________________________________Data:_________

Apostila de atividades 6ºano

Participe do grupo de atividades prontas e gratuitas (aqui!)


Questão 1

Mente quieta, corpo saudável 

A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.

Revista Superinteressante, out. 2003. 

O autor do texto pretende:
a) criticar.
b) conscientizar.
c) denunciar.
d) informar.

Questão 2 

Texto I - Meu diário 

7 de julho
Pai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho, do Mauro, do Joca, do Zé Luís e do Beto são mais ou menos. O meu deixa jogar na rua, mas nada de chegar perto da avenida. O Toninho está terminantemente proibido de ir ao bar do Seu Porfírio. O do Beto é bem bravo, só que nunca está em casa: por isso, o Beto é o maior folgado e faz o que quer. Também, quando o pai chega, mixou a brincadeira. O do Juca é que nem o meu. O do Zé deixa, mas é obrigatório voltar às seis em ponto e o do Mauro às vezes deixa tudo, outras dá bronca que Deus me livre, tudo na tal língua estrangeira que ele inventou.

AZEVEDO, Ricardo. Nossa Tua tem um problema. São Paulo: Paulinas, 1986.