7 de outubro de 2017

Interpretação do poema Vaso Chinês (Parnasianismo)


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Vaso Chinês 

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio
Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura —
Quem o sabe? — de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.

Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.

Alberto de Oliveira

 (Sonetos e poemas, 1886.)

O poema que você acabou de ler foi publicado originalmente na terceira coletânea de Alberto de Oliveira, denominada Sonetos e poemas (1886), e mostra o esforço do poeta em manter-se nos padrões rígidos que ajudou a propagar. 
A exemplo de "Vaso chinês", são comuns, nos poemas tipicamente parnasianos de Alberto de Oliveira, as descrições de objetos. Neles, o poeta busca, como um pintor, fixar suas impressões visuais e reproduzir vasos, estátuas, taças, etc. 

1. Para descrever o objeto, o eu lírico cria logo na primeira estrofe uma ambientação sinestésica que torna o vaso mais real, vivo e palpável. Explique essa afirmativa. 

2. Que elementos estão pintados no vaso descrito? 

3. Que estratégia o poeta utiliza para intensificar e justificar o impacto visual que causa o vaso chinês no eu lírico?

GABARITO