Interpretação de artigo de opinião para ensino médio O que devemos aos jovens- Lya Luft - Progressão tópica


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**Gabarito no final**

O que devemos aos jovens

Fiquei surpresa quando uma entrevistadora disse que em meus textos falo dos jovens como arrogantes e mal-educados. Sinto muito: essa, mais uma vez, não sou eu. Lido com palavras a vida toda, foram uma de minhas primeiras paixões e ainda me seduzem pelo misto de comunicação e confusão que causam, como nesse caso, e por sua beleza, riqueza e ambiguidade. 
Escrevo repetidamente sobre juventude e infância, família e educação, cuidado e negligência. Sobre nossa falha quanto à autoridade amorosa, interesse e atenção. Tenho refletido muito sobre quanto deve ser difícil para a juventude esta época em que nós, adultos e velhos, damos aos jovens tantos maus exemplos, correndo desvairadamente atrás de mitos bobos, desperdiçando nosso tempo com coisas desimportantes, negligenciando a família, exagerando nos compromissos, sempre caindo de cansaço e sem vontade ou paciência de escutar ou de falar.
[...] Tenho muita empatia com a juventude, exposta a tanto descalabro, cuidada muitas vezes por pais sem informação, força nem vontade de exercer a mais básica autoridade, sem a qual a família se desintegra e os jovens são abandonados à própria sorte num mundo nem sempre bondoso e acolhedor. Quem são, quem podem ser, os ídolos desses jovens, e que possibilidades lhes oferecemos? Então, refugiam-se na tribo, com atitudes tribais: o piercing, a tatuagem, a dança ao som de música tribal, na qual se sobrepõe a batida dos tantãs. Negativa? Censurável? Necessária para muitos, a tribo é onde se sentem acolhidos, abrigados, aceitos. Escola e família ou se declaram incapazes, ou estão assustadas, ou não se interessam mais como deveriam. Autoridades, homens públicos, supostos líderes, muitos deles a gente nem receberia em casa. O que resta? A solidão, a coragem, a audácia, o fervor, tirados do próprio desejo de sobrevivência e do otimismo que sobrar. Quero deixar claro que nem todos estão paralisados, pois muitas famílias saudáveis criam em casa um ambiente de confiança e afeto, de alegria. Muitas escolas conseguem impor a disciplina essencial para que qualquer organização ou procedimento funcione, e nem todos os políticos e governantes são corruptos. Mas quero também declarar que aqueles que o são já bastam para tirar o fervor e matar o otimismo de qualquer um. 
Assim, não acho que todos os jovens sejam arrogantes, todas as crianças mal-educadas, todas as famílias disfuncionais. 
Um pouco da doce onipotência da juventude faz parte, pois os jovens precisam romper laços, transformar vínculos (não cuspir em cima deles) para se tornar adultos lançados a uma vida muito difícil, na qual reinam a competitividade, os modelos negativos, os problemas de mercado de trabalho, as universidades decadentes e uma sensação de bandalheira geral. 
Tenho sete netos e netas. A idade deles vai de 6 a 21 anos. Todos são motivo de alegria e esperança, todos compensam, com seu jeito particular de ser, qualquer dedicação, esforço, parceria e amor da família. Não tenho nenhuma visão negativa da juventude, muito menos da infância. Acho, sim, que nós, os adultos, somos seus grandes devedores, pelo mundo que lhes estamos legando. Então, quando falo em dificuldades ou mazelas da juventude, é de nós que estou, melancolicamente, falando. 

LUFT, Lya. Veja, p. 26, 16 dez. 2009. (Fragmento).

Proposta de produção de texto | Paródia


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Interpretação e produção de crônica para 9º ano - Fernando Sabino (O homem nu)

Leia versos do poema "Canção do exílio", de Gonçalves Dias, poeta romântico do século XIX. Em seguida, leia os dois textos produzidos com base no texto-fonte.

Texto 1

Canção do exílio 

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam;
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
[...]

DIAS, Gonçalves. In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva (Sel.). 
Poemas de Gonçalves Dias. Rio de Janeiro: Edíouro. 1996. p. 19. (Fragmento).

Interpretação de charges | Intertextualidade

Leia as charges a seguir.

Texto 1
Texto 2

1. No texto 1, por que o slogan sugerido por um dos personagens poderia constituir uma proposta interessante? 

a) Qual é o objetivo do chargista ao produzir esse texto usando o humor? 
b) De que forma o chargista emprega a intertextualidade na produção desse texto? 
c) Que recurso o autor utiliza na charge para despertar a atenção do leitor em relação ao enunciado do slogan? 

2. No texto 2, o produtor remete sua leitura a um conto de fadas antigo, atualizando-o. Em que conto ele se baseia? Esclareça sua resposta. 

a) O chargista dialoga com o texto-fonte, criando uma relação intertextual de caráter humorístico entre o conto original e a charge. Explique como o autor trabalhou o humor nessa paródia. 
b) A charge é um gênero textual, cujo conteúdo expressa, em geral, uma crítica social ou política. Qual é a crítica feita pelo autor nesse texto? 

Questões de Interpretação de Texto Enem


1. Leia o texto abaixo:

Trote, uma prática medieval que desafia as universidades 

As primeiras universidades surgiram na Europa em plena Idade Média. Foram um sopro de liberdade. Permitiram progressivamente ao homem atuar segundo a razão, em vez de apenas obedecer a dogmas. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que nasciam os centros de estudo, surgia uma instituição muito mais tributária da ideia que hoje fazemos da "Idade das Trevas": o trote. Os primeiros registros da prática datam do início do século XIV. Calouros da região correspondente à moderna Alemanha eram obrigados a andar nus e ingerir fezes de animais mediante a promessa de que poderiam se vingar nos novatos do ano seguinte. "Os alunos veteranos descontavam nos mais novos a repressão promovida em sala de aula por professores rigorosos", afirma Antônio Zuin, professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) [...]

(Nathalia Goulart. http://veja.abril.com.br /noticia/educacao/trote-uma-
pratica-medieval-que-desafia-as-universidades)

No texto, a prática do trote entre universitários é situada na Idade Média. Contudo, ela ainda ocorre nos dias atuais, porém com outra motivação. Em que consiste essa mudança?

a) A classe social dos estudantes é outra.
b) Os professores deixaram de ser a motivação para as ações violentas.
c) Os trotes buscam valorizar a liberdade de ação dos calouros.
d) As ações violentas não são fruto da tradição acadêmica.
e) No passado, era necessário seguir dogmas, e hoje não.

(ENEM) Observe o quadro do pintor espanhol Goya, abaixo, e leia os versos do poeta português Jorge de Sena que seguem. Depois responda às questões 2 e 3.


Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya 

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo, onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido, conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso
[prazer,
 o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros
[por vós.

E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
[...]
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror, foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha há mais de um século e que por violenta e injusta ofendeu o coração de um pintor chamado Goya, que tinha um coração muito grande, cheio de fúria e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve, nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis) de ferro e de suor e sangue e algum sêmen, a caminho do mundo que vos sonho.
[...]

(http://asfolhasardem.wordpress.com/2010/03/19/jorge-de-sena-carta-a-meus-flhos-sobre-os-fuzilamentos-de-goya/)

Questão Fuvest "O cortiço" | Aluísio Azevedo


(FUVEST-SP) 
- Não entra a polícia! Não deixa entrar! 
Aguenta! Aguenta! - Não entra! Não entra! repercutiu a multidão em coro. 
E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo. 
- Aguenta! Aguenta! 

Aluísio Azevedo, O cortiço, 1890, parte X. 

**Gabarito no final**

O fragmento apresentado mostra a resistência dos moradores de um cortiço à entrada de policiais no local. O romance de Aluísio Azevedo: 

a) representa as transformações urbanas do Rio de Janeiro no período posterior à abolição da escravidão e o difícil convívio entre ex-escravos, imigrantes e poder público. 
b) defende a monarquia recém-derrubada e demonstra a dificuldade da República brasileira de manter a tranquilidade e a harmonia social após as lutas pela consolidação do novo regime. 
c) denuncia a falta de policiamento na então capital brasileira e atribui os problemas sociais existentes ao desprezo da elite paulista cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro. 
d) valoriza as lutas sociais que se travavam nos morros e na periferia da então capital federal e as considera um exemplo para os demais setores explorados da população brasileira. 
e) apresenta a imigração como a principal origem dos males sociais por que o país passava, pois os novos empregados assalariados tiraram o trabalho dos escravos e os marginalizaram.


GABARITO
Alternativa A

Análise tirinha Gaturro | Função dêitica dos pronomes

Leia com atenção a tira abaixo para responder a questão.


1. Descreva a situação mostrada na tira.

a) Que diferentes pronomes as personagens da tira, funcionários de um escritório, utilizam em suas falas? Classifique cada um deles. 
b) O autor da tira recorre, no último quadrinho, ao pensamento do Gaturro para aludir explicitamente à função dos pronomes na língua. Que função é essa?  Justifique.

Gabarito

Questões sobre "O guarani" de José de alencar


**Gabarito no final**

(MACK-SP) O tigre tinha-se voltado ameaçador e terrível, aguçando os dentes uns nos outros, rugindo de fúria e vingança: de dois saltos aproximou-se novamente. 
Era uma luta de morte a que ia se travar; o índio o sabia, e esperou tranquilamente, como da primeira vez; a inquietação que sentira um momento de que a presa lhe escapasse, desaparecera: estava satisfeito. 
Assim esses dois selvagens das matas do Brasil, cada um com as suas armas, cada um com a consciência de sua força e de sua coragem, consideravam-se mutuamente como vítimas que iam ser imoladas. 

José de Alencar, O guarani

1.  Assinale a alternativa correta. 

a) Ao fazer referência aos dois selvagens das matas do Brasil, o narrador explicita seu repúdio à cena violenta que ocorreria. 
b) O contraste entre o comportamento do animal e o do índio revela a superioridade deste com relação àquele. 
c) A certeza do narrador de que nessa luta não haveria nem vencedor nem vencido explicita-se com a expressão vítimas que iam ser imoladas.
d) A inquietação momentânea do índio tem como consequência o fato de ser uma luta de morte a que ia se travar.
e) Os segmentos rugindo de fúria e vingança e como da primeira vez  sugerem que o animal já fora anteriormente atacado. 

2. Assinale a alternativa que apresenta provas textuais da onisciência do narrador. 
a) tinha-se voltado ameaçador e terrível; estava satisfeito 
b) aguçando os dentes uns nos outros; rugindo de fúria e vingança 
c) de dois saltos aproximou-se novamente; estava satisfeito 
d) o índio o sabia; estava satisfeito 
e) esses dois selvagens das matas do Brasil; cada um com as suas armas 

3. Considerado também o seu contexto histórico, afirma-se corretamente que o texto: 
a) exemplifica uma orientação estético-ideológica do século XIX que idealizou as origens do Brasil. 
b) prenuncia o estilo naturalista, haja vista a idealização da natureza e a identificação entre o humano e o animal. 
c) pertence à literatura colonial brasileira, marcada especialmente pela valorização dos povos e costumes indígenas. 
d) parodia o estilo romântico que, influenciado pelas ideias de Rousseau, concebia o indígena como "o bom selvagem". 
e) traz índices da literatura realista do século XIX, cujo foco era a análise das condições de vida nas zonas rurais do território brasileiro.



GABARITO
E | D | A

Interpretação de Texto | Sabe o Português?



Sabe o Português? 

[...] temos muitos modos. Mas não só modos de boa educação, daqueles que sua mãe aconselha a mostrar às visitas; e sim modos verbais. Dispomos de três, cada qual subdividido em tempos: indicativo, subjuntivo e imperativo - o menos usado e mais legal. Ou você não acharia o máximo dizer "faze tu!" quando seu irmão pede alguma coisa? 
Mas vamos nos ater ao indicativo, que exprime algo certo. Nele, conjugamos em seis tempos: presente (ok), pretérito imperfeito (que não trata necessariamente de um passado maculado), pretérito perfeito (tampouco se refere a uma biografia certinha), pretérito mais-que-perfeito (mania de grandeza!), futuro do presente (eu pensava "mas, afinal, isso é futuro ou presente?") e, pasme, futuro do pretérito (que embananou de vez minha cabeça ginasial).
Portanto, irmão em língua, conjuguemos. Eu conjugo, tu conjugas, ele conjuga. Nós conjugamos, vós conjugais, eles conjugam. Fácil, pois trata-se de um verbo regular de primeira conjugação. É só trocar por qualquer outra ação terminada em -ar e copiar os finais: eu copio, tu copias, ele copia. Nós copiamos, vós copiais, eles copiam
A não ser que o verbo em questão seja irregular. Alguns nem chegam a mudar tanto, mas outros só podem estar de sacanagem. Como o verbo ir. Tão pequeno e tão feroz, o danado é uma anomalia. Literalmente: ir é um verbo anômalo, ou seja, tem mais de um radical quando conjugado. Vejamos, em rápido passeio pelos tempos: eu vou, eu ia, eu fui, eu fora, eu irei, eu iria. Que você. Se eu fosse. Quando eu for. Não vás. Ou , você é quem sabe! Já podia ter ido. Eu tô indo. E pensar que chegamos à escola já intuindo boa parte disso. Por isso que eu digo: Português é para os fortes. 

PASSOS. Clarissa. Garotas que dizem ni! 
[fragmento]

Questão sobre Memórias de um sargento de milícias (FUVEST-SP)


(FUVEST-SP) Apesar de viver "um pouco ao sabor da sorte", "sem plano nem reflexão", "movido pelas circunstâncias", como uma espécie de "títere" (expressões de Antonio Candido), o protagonista das Memórias de um sargento de milícias, Leonardo (filho), como outras personagens do romance, mostra-se bastante determinado quando se trata de: 

a) estabelecer estratégias para ascender na escala social.
b) assumir rixas, tirar desforras e executar vinganças.
c) demonstrar afeto e gratidão por aqueles que o amparam e defendem.
d) buscar um emprego que lhe garanta a subsistência imediata.
e) conservar-se fiel ao primeiro amor de sua vida.


Gabarito: alternativa B

Futuro do pretérito do indicativo | Pretérito imperfeito do subjuntivo (oralidade)

No último quadrinho da tira, há o exemplo de uma estrutura muito frequente na fala. Em lugar de flexionar o verbo da oração principal no futuro do pretérito (Eu morderia ela), os falantes optam por utilizar o pretérito imperfeito do Indicativo ("Eu mordia ela"), como fez Snoopy. Essa estrutura, perfeitamente aceitável em situações informais, estabelece corretamente a correlação de modos (Indicativo na principal, Subjuntivo na subordinada) e não é vista como problemática, porque mantém a relação de tempos verbais no pretérito. 

Como o texto dos quadrinhos admite um uso mais coloquial da língua, observamos a ocorrência de formas consideradas inadequadas pela norma: "teria vergonha que alguém", "eu mordia ela".

Português compartilhado (exercícios)

Questão sobre "Senhora" de José de Alencar


(PUC-SP) Senhora é uma das obras mais representativas do romantismo brasileiro. Entre as características desse movimento estético, encontramos na obra de Alencar: 

I. A idealização da mulher e do amor. 
II. O culto à natureza e a valorização da religiosidade. 
III. A arte pela arte. 
IV. A crítica à sociedade e ideias socialistas. 
V. O Determinismo. 

a) As alternativas I, II e III estão corretas. 
b) Somente as alternativas IV e V estão corretas. 
c) As alternativas I, II e V estão corretas. 
d) Nenhuma alternativa está correta. 
e) Somente as alternativas I e II estão corretas. 

GABARITO
Alternativa E

Questões sobre Memórias póstumas de Brás Cubas Machado de Assis


LXX 
D. Plácida 
Brás Cubas revela como D. Plácida aceitou a função de "alcoviteira" para os encontros entre ele e Virgília. 
[...] 
Virgília fez daquilo um brinco; designou as alfaias mais idôneas, e dispô-Ias com a intuição estética da mulher elegante; eu levei para lá alguns livros, e tudo ficou sob a guarda de D. Plácida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira dona da casa. 
Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício; mas afinal cedeu. Creio que chorava, a princípio: tinha nojo de si mesma. Ao menos, é certo que não levantou os olhos para mim durante os primeiros dois meses; falava-me com eles baixos, séria, carrancuda, às vezes triste. Eu queria angariá-Ia, e não me dava por ofendido, tratava-a com carinho e respeito; forcejava por obter-lhe a benevolência, depois a confiança. Quando obtive a confiança, imaginei uma história patética dos meus amores com Virgília, um caso anterior ao casamento, a resistência do pai, a dureza do marido, e não sei que outros toques de novela. D. Plácida não rejeitou uma só página da novela; aceitou-as todas. Era uma necessidade da consciência. Ao cabo de seis meses quem nos visse a todos três juntos diria que D. Plácida era minha sogra. 
Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos, [...] como um pão para a velhice. D. Plácida agradeceu-me com lágrimas nos olhos, e nunca mais deixou de rezar por mim, todas as noites, diante de uma imagem da Virgem, que tinha no quarto. Foi assim que lhe acabou o nojo. 

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 
São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. p. 171. 
[Fragmento). 

**Gabarito no final**

1. No trecho, Brás Cubas fala do "arranjo" que providenciou para que pudesse viver sua relação com Virgília, uma mulher casada. Que arranjo foi esse? 
a) Qual deveria ser o papel de D. Plácida nessa situação? 
b) Como D. Plácida reagiu à função que deveria desempenhar? 

2. Qual é a estratégia de Brás Cubas para conquistar D. Plácida? 
a) Ele sugere que D. Plácida aceitou prontamente sua história para ficar em paz com a consciência. Explique por quê. 
b) De que maneira o relato de Brás Cubas sobre o modo como ganhou a confiança de D. Plácida revela o olhar realista de Machado de Assis para a sociedade em que vive? 

3. Qual é o retrato, bastante cínico, que Brás Cubas faz de D. Plácida no final? 
> Brás Cubas é um representante da elite. De que maneira esse retrato revela a sua visão de mundo em função da posição social que ocupa? 

Tipos de artigo | Tirinha Mafalda

Os artigos são classificados do ponto de vista semântico. Leia a tira.


O artigo a, associado à palavra árvore ("E a árvore de Natal que você ia trazer?"), torna esse substantivo específico no contexto da tira. A resposta do pai no segundo quadrinho comprova que a árvore cobrada por Mafalda já havia sido mencionada anteriormente (embora, a julgar pela reação da menina, a ideia que ela e o pai faziam da árvore de Natal não fosse a mesma). 
Ao pedir a árvore, Mafalda deve ter dito algo como "Não vamos ter uma árvore de Natal?". Nessa frase, o artigo uma faz referência a uma árvore qualquer, não mencionada anteriormente. 
O artigo uma é chamado de indefinido, e o artigo a é chamado de definido. Veja no quadro a classificação de todos os artigos: 

Flexões Indefinido Definido
singular masculino um o
singular feminino  uma a
plural masculino uns os
plural feminino umas as


Exercícios sobre artigo para ensino médio (com gabarito)

Análise tirinha Gaturro | Classificação dos substantivos

Leia a tira para responder às questões.


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Exercícios sobre SUBSTANTIVOS com gabarito (vestibulares)
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Atividade sobre adjetivo e substantivo para 7ºano
Exercícios sobre substantivos para 6ºano
Atividade sobre substantivo abstrato (8ºano)
Substantivo e adjetivo - exercícios com gabarito

1) Ao nomear o que considera essencial para ir à escola, Gaturro utiliza dois tipos de substantivos. Explique quais são esses substantivos e classifique-os em função da natureza dos seres por eles designados.
> Explique a classificação desses substantivos.

2) O contraste entre os dois tipos de substantivo utilizados na tira contribui para a construção do efeito de humor. Explique por quê.

Gabarito

1) Os substantivos utilizados por Gaturro são: avental, mochila, livros, estojo, maçã e vontade. O substantivo vontade é abstrato; os demais substantivos são concretos. 
> Os substantivos avental, mochila, livros, estojo e maçã são concretos porque nomeiam seres (objetos) que têm uma existência independente. O substantivo vontade é classificado como abstrato porque nomeia um sentimento, algo que não tem uma existência independente: sua manifestação está associada a outro ser (Gaturro). 

2) Ao afirmar que sempre se esquece de levar a vontade (de estudar) para a escola, Gaturro deixa claro que, em geral, ele não deseja estar neste ambiente. É o contraste entre os substantivos concretos (avental, mochila, livros, estojo e maçã) e o substantivo abstrato (vontade) que, no contexto da tira, produz o efeito de humor, porque evidencia que, embora Gaturro tenha todos os elementos de que necessitaria na escola, falta-lhe um sentimento essencial, nomeado pelo último substantivo apresentado: a vontade de estar ali.

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Interpretação de texto Millôr Fernandes (ITA-SP) Concordância verbal


(ITA - SP) Leia o texto abaixo e responda às perguntas seguintes. 

O sol ainda nascendo, dou a volta pela Lagoa Rodrigo de Freitas (7.450 metros e 22 centímetros). 
Deslumbrante. Paro diante de uma placa da Prefeitura, feita com os maiores cuidados técnicos, em bela tipografia, em português e inglês, naturalmente escrita por altos professores e, no longo período com que trabalham as burocracias, vista e revista por engenheiros, psicólogos, enfim, por toda espécie e gênero de PhDs. Certo disso, leio, cheio do desejo de aprender, a história da lagoa e seus d'intorni, environs, neighbourhood. 
Lá está escrito: "beleza cênica integrada aos contornos dos morros que a cerca (!)." Berro, no português mais castiço do manual do [jornal] Globo: HELP! 
E, como isso não tem a menor importância, o sol continua nascendo no horizonte. Um luxo! 

(FERNANDES, Millôr. Caderno 2. ° Estado de S.Paulo, 4/07/1999.) 

a) Explique por que Millôr Fernandes se assusta com a placa da Prefeitura. 
b) Localize, no texto, um trecho que indica a ironia do autor. Explique como é produzido o efeito de ironia nesse trecho. 

GABARITO

a) A placa apresenta um caso de concordância verbal que não obedece às regras da gramática normativa: "morros que a cerca" (morros que a cercam = morros que cercam a lagoa). 

b) De "Paro diante de uma placa da Prefeitura ... "até" ... e seus d'intorni, environs, neighbourhood", principalmente no trecho "naturalmente escrita por altos professores e, no longo período com que trabalham as burocracias, vista e revista por engenheiros, psicólogos, enfim, por toda espécie e gênero de PhDs". A ironia está no fato de o autor opor a competência titular dos profissionais que cita ao uso linguístico em desacordo com as normas gramaticais da variedade-padrão em um equipamento urbano. O outro trecho em que há ironia é "Berro, no português mais castiço do manual do [jornal] Globo: HELP! ", Aqui, a ironia se constrói na oposição entre" português castiço" e o uso do estrangeirismo "HELP". 

Concordância nominal | Tirinha Calvin e Haroldo

Leia a tira com atenção especial aos casos de concordância.


Exercício sobre concordância nominal

a) Transcreva da tira um exemplo de concordância nominal.
b) Identifique, no terceiro quadrinho, um caso em que a concordância verbal pode ocorrer de dois modos, segundo as regras da gramática normativa.

Gabarito

a) Há vários: boneco/genérico; bonecos/originais; muito/trabalho; muito/tempo;
imitações/as/baratas; gosto/popular.
b) "A maioria das pessoas não liga...".  Segundo as regras da gramática normativa, o verbo poderia concordar com o especificador "das pessoas": "a maioria das pessoas não ligam...".

Português compartilhado (exercícios)

Questão sobre preconceito linguístico | Marcos Bagno


Leia o texto a seguir para, depois, refletir sobre ele. 

[...] Os brasileiros vão estudar inglês e aprendem que nessa língua a morfologia verbal é simplíssima. No presente, a única forma diferente das outras é a da 3º pessoa do singular, que ganha um -s (he lives), enquanto as outras permanecem idênticas (I, you, we, they live). No passado, tudo fica exatamente igual (I, you, he, she, it, we, you they lived). Ninguém se assusta com isso, ninguém ri disso, e muitos até acham bom que seja assim, porque é mais fácil de aprender do que nas línguas (como o português, o alemão, etc.) que têm uma morfologia verbal bem mais diversificada. 
Qual é a reação, porém, desses mesmos brasileiros quando topam com algo do tipo eu morava, tu morava, ele morava, nós morava, vocês morava, eles morava? O riso, o deboche ou, no melhor dos casos, a compaixão pelos "infelizes caipiras" que "não sabem falar direito", como se fossem menos inteligentes ou até menos humanos que os demais falantes. Ora, do ponto de vista exclusivamente estrutural, não há nada de melhor em I / you / he / she / it/ we / you / they lived nem nada de pior em eu / tu / você / ele / ela / nós / a gente / vocês / eles / elas morava ... O fenômeno linguístico é o mesmo, a recepção sociocultural do fenômeno - e só ela - é que é diferente. E é aí que a porca torce o rabo!" 

BAGNO, Marcos. Quem ri do quê? Fragmento. Disponível em: <http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/textos- 
carosamigos.htm>. Acesso em: 22 mar. 2010. 

Análise tirinha Garfield | Pronome oblíquo

Leia com atenção a tira abaixo para responder às questões.


1. Descreva resumidamente a situação retratada na tira. 
> O humor da tira é produzido pelo cinismo do gato. Por quê? 

2. Na segunda fala de Garfield, observamos o uso de um pronome oblíquo. Que pronome é esse? 

a) Esse pronome se relaciona diretamente com qual outro termo da fala do gato? O que ele indica em relação a esse termo? 
b) Que posição o pronome ocupa em relação a esse termo?

Gabarito

1. No primeiro quadrinho, Garfield nota a língua do cachorro Odie caída a seu lado e compara-a a um puxador de campainha usado para chamar um serviçal. Depois de puxar a língua de Odie, ordena-lhe que vá buscar um bolinho e uma xícara de café. 
> Garfield sabe muito bem que aquilo que vê é a língua do cachorro. No entanto, faz de conta que é um objeto usado para convocar um serviçal. Quando vê o cachorro despencado a seu lado, assume ares de um lorde inglês e ordena que lhe traga café e bolo. É esse comportamento cínico, associado à  famosa preguiça de Garfield, que produz o efeito de humor. 

2. O  pronome oblíquo é me
a) O pronome oblíquo me está diretamente relacionado ao verbo trazer (flexionado no imperativo afirmativo, traga) e indica sobre quem recai a ação do verbo. Ou seja, informa que o bolinho e o café devem ser trazidos para Garfield. 
b) O pronome oblíquo me antecede o verbo trazer, na fala de Garfield.

Português compartilhado (exercícios)

Interpretação de cartum MAITENA | Período composto

Leia o cartum abaixo para responder às questões 1 e 2. 
** Gabarito no final **


1. O cartum é um desenho que satiriza comportamentos humanos para promover uma reflexão crítica por meio do humor. Qual é a situação satirizada no cartum de Maitena?
> Marido e mulher têm uma visão divergente sobre a viagem que fizeram. Explique por quê. 

2. Releia a fala em que o homem relata o que fizeram. Que recurso gramatical foi usado, no texto, para criar no leitor a impressão de que a viagem feita pelo casal teve um ritmo frenético? 
> Explique de que modo esse recurso produz o efeito de sentido pretendido. 

Exercícios sobre conjunção MAS


VEJA TAMBÉM:

1. Leia a tira.
a) Reescreva a última oração da tira - "A galinha não tem uma glândula tão bacana", inserindo uma conjunção capaz de explicitar a relação que ela estabelece com as orações anteriores. 
b) Que relação de sentido se estabelece entre as orações do 1º e 2º quadrinhos? 

2. (Fuvest - SP) 
Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos provérbios adiante citados, o espaço pontilhado não poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas apenas em: 

a) Morre o homem, (...) fica a fama.
b) Reino com novo rei (...) povo com nova lei.
c) Por fora bela viola, (...) por dentro pão bolorento.
d) Amigos, amigos! (...) negócios à parte.
e) A palavra é de prata, (...) o silêncio é de ouro.


GABARITO

1.
a) Na reescrita, deve-se acrescentar uma conjunção adversativa à oração. Sugestão: Mas a galinha não tem uma glândula tão bacana.
b) Relação de conclusão.

2. Alternativa B: Reino com novo rei ( ...) povo com nova lei.

VEJA TAMBÉM:

Questão sobre antítese (Fuvest)

(Fuvest) 

Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia, ajudando à missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona Plácida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjunção de luxúrias vadias brotou Dona Plácida. É de crer que Dona Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: - Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: - Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia. 

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 

Consideradas no contexto em que ocorrem, constituem um caso de antítese as expressões:

a) "disse-lhe alguma graça" - "pisou-lhe o pé".
b) "acercaram-se" - "amaram-se".
c) "os dedos nos tachos" - "os olhos na costura".
d) "logo desesperada" - "amanhã resignada".
e) "na lama" - " no hospital".

GABARITO
d) "logo desesperada" - "amanhã resignada".

Análise tirinha Hagar | Transitividade verbal

Leia a tirinha abaixo.


a) Na fala de Helga, classifique, quanto à transitividade, os verbos caiu, começou, converteu, saquearam e teve, identificando os objetos diretos e/ou indiretos e um adjunto adverbial de tempo.

b) Identifique o objeto responsável pelo humor do texto.

c) Dentro da ideia geral do texto, por que esse termo é o responsável pelo humor?

**Gabarito no final**


GABARITO

a) 
Cair e começar são verbos intransitivos. Converter, saquear e ter são transitivos diretos.
Os francos, a nossa aldeia, filhotes são objetos diretos.
Em junho é adjunto adverbial de tempo.

b) 
Filhotes.

c) 
Porque os demais itens enumerados tinham importância social, política e histórica em oposição a um fato prosaico, cotidiano, que era o nascimento de filhotes, e para o qual Hagar deu mais importância.

Exercício sobre flexão do substantivo com gabarito - Poema Ferreira Gullar (PDF)


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Ocorrência 
Aí o homem sério entrou e disse: bom dia. 
Aí outro homem sério respondeu: bom dia. 
Aí a mulher séria respondeu: bom dia. 
Aí a menininha no chão respondeu: bom dia. 
Aí todos riram de uma vez 

Menos as duas cadeiras, a mesa, o jarro, as flores 
as paredes, o relógio, a lâmpada, o retrato, os livros 
o mata-borrão, os sapatos, as gravatas, as camisas, os lenços. 

(Melhores poemas de Ferreiro Gullar. 7. ed. Seleção 
de Alfredo Bosi. São Paulo: Global, 2004. p. 54.)

1. Os substantivos utilizados no poema ajudam na construção dos efeitos de sentido e do cenário em que a situação narrada ocorre. Levante hipóteses: 

a) Qual fato narrado fez com que todos rissem de uma vez? Por que esse fato é engraçado? 
b) Em que lugar se passa a cena? Justifique sua resposta com substantivos do texto. 
c) Por que não riram os seres nomeados do sexto verso em diante? 
d) Como se classificam os substantivos que nomeiam esses seres? 

Análise tirinha Níquel Náusea | Flexão do adjetivo

Leia esta tira:


1. Na tira, a personagem Níquel Náusea emprega os adjetivos grande, no primeiro quadrinho, e maior, no segundo e terceiro quadrinhos. 

a) A que se referem esses adjetivos? 

b) O substantivo a que se refere o adjetivo está explícito ou subentendido na fala da personagem?

2. As palavras bom e boa normalmente são adjetivos. Observe o quarto quadrinho. 
Quando Níquel diz "Boa", essa palavra tem função adjetiva? Se sim, a que ela se refere? 

3. Na sequência dos quadrinhos, Níquel fala: grande, bem grande e maior. 

a) Que tipo de relação há entre esses adjetivos? 
b) Classifique, quanto ao grau, as formas bem grande e maior.

4. No quarto quadrinho, a ratinha emprega o adjetivo baldio, no masculino singular. 

a) A qual termo esse adjetivo se refere? 
b) Segundo o dicionário, baldio significa "sem cultivo" ou "que não vale a pena, inútil". Considerando o segundo significado da palavra, que forma ela teria ao concordar com o substantivo esperanças? 

GABARITO

Exercício sobre adjetivo | Texto: A maratona do herói



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A MARATONA DO HERÓI

A maratona é a mais longa, difícil e emocionante prova olímpica. Desde 1908, seu percurso é de 42.195 m. Tudo começou no ano de 490 a.C, quando soldados gregos e persas travaram uma batalha que se desenrolou entre a cidade de Maratona e o mar Egeu. 
A luta estava difícil para os gregos. Comandados por Dario, os persas avançaram seu exército em direção a Maratona. Milcíades, o comandante grego, resolveu pedir reforço. Chamou Fidípides, um de seus valentes soldados. Ótimo corredor, ele levou o apelo de cidade em cidade até chegar em Atenas, 40 km distante. Voltou com 10 mil soldados e os gregos venceram a batalha, matando 6.400 persas.
Entusiasmado com a vitória, Milcíades ordenou que Fidípides fosse correndo até Atenas outra vez para informar que eles tinham vencido a batalha. Fidípides foi de novo, sem parar.
Quando chegou ao seu destino, só teve forças para dizer uma palavra: "Vencemos!". E caiu morto. Em 1896, durante os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, Fidípides foi homenageado com a criação da prova. No início, a distância a ser percorrida era de 40 km, a mesma que separava Maratona de Atenas. 

(Marcelo Duarte. O 9uia dos curiosas. 3. ed. São Paulo: Panda Books. 2005. p. 245.) 

1. Quais adjetivos são utilizados no texto para caracterizar a prova olímpica da maratona? 

2. Observe estas frases: 

"soldados gregos e persas travaram uma batalha" 

"os persas avançaram" 
"os gregos venceram a batalha" 

Os termos destacados nas frases são substantivos ou adjetivos? 
Justifique sua resposta.

Análise tirinha Mafalda - classificação do substantivo

Leia esta tira, de Quino:


2. Contrapondo-se aos valores de Mafalda, Susanita argumenta: "Se você sair na rua sem cultura, a polícia te prende? Experimenta sair sem vestido".

a) Do ponto de vista morfológico, como se classificam os substantivos vestidos e cultura? 
b) A argumentação de Susanita baseia-se em algo concreto: vestidos. Explique como a classificação morfológica de cultura contribui para a 
construção do humor do texto. 
Classificação dos substantivos: 

> comuns: referem-se a qualquer ser de uma espécie, sem particularizá-lo: açúcar, bolo. 
> próprios: nomeiam um ser em particular, destacando-o dentro da espécie ou do grupo; são grafados com letra maiúscula: Japão, Campinas. 
> concretos: nomeiam seres com existência própria, isto é, que não dependem de outro ser para existir: lápis, gato. 
> abstratos: nomeiam ações, qualidades, estados, sentimentos, isto é, seres que só existem em outros ou a partir da existência de outros seres: ensino, bravura, pobreza. 
> coletivos: designam uma pluralidade de seres da mesma espécie: multidão, antologia.

Classificação dos substantivos quanto à formação: 

> primitivos: são aqueles que dão origem a outras palavras: livro, pedra. 
> derivados: são os que se originam de outras palavras: livraria, pedregulho. 
> simples: são os formados por apenas uma palavra: terra, homem. 
> compostos: são os formados por mais de uma palavra: bejja-flor. lobisomem.

Gabarito: